segunda-feira, 15 de março de 2010

Dou-o ao vento...

Mexeu-se, olhou para o telefone, os números acusadores assinalavam que eram quatro horas da madrugada, ainda não tinha pregado olho, levantou-se, estavam todos a dormir em casa, vestiu o robe e calçou os chinelos, foi ate a varanda, o vento gelado agitou-lhe os cabelos ondulados, apertou mais o robe, e sentou-se na cadeira de madeira branca envelhecida a sentir o vento gelado, uma lágrima rolou-lhe pelo rosto gelando imediatamente, ergueu a cabeça e sussurou para o vento: " amo-te, és tudo para mim, peço ao vento que leve estas palavras e um beijo meu para ti meu querido." .
Lá longe ele dormia inquieto, pela brecha da janela entrou então o vento envolveu-o como se o embalá-se, abrigou-se nos cobertores, o vento sussurou-lhe aos ouvidos algo que só ele entendeu, e então ele sorriu.
Dormiam agora tranquilos como se o que lhes faltasse fosse um beijo um do outro antes de dormir...

1 comentário: