sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sonhos. . .

Fechou os olhos, sabia que aquela era a única altura do dia em que podia vê-lo talvez até tocar-lhe e isso fê-la sorrir.
Quando sonhava o acesso àquele que amava não lho era negado, independente da distancia, do tempo ou mesmo da ocasião. Quando sonhava podia avançar no tempo, recuar, fazer tudo de novo, repetir tudo uma vez mais. Quando sonhava podia ser feliz. Por isso quando chegava aquela hora sorria pois sabia que quando voltasse a abrir os olhos já não estaria naquela casa, estaria talvez num jardim e ele estaria ali com a mão estendida pronto a recebe-la uma vez mais, naquele mundo que lhe pertencia somente a eles onde ela podia ser feliz sem se preocupar com mais nada que não perder-se nos seus abraços, nos seus lábios, nos seus sonhos...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Apenas por respirares...

Alexa aconchegou-se no peito de Bruce, tinha o rosto virado para o dele e apenas um lençol cobria-lhes os corpos nus.
Bruce envolveu-a com um braço enquanto o outro estava ocupado afagando-lhe o cabelo revolto, ela tinha os olhos fechado e esboçava um sorriso leve, a respiração suave dela no seu peito causava-lhe dormência na barriga e não conseguiu evitar de sorrir também.
Apesar de ter os olhos fechados, Alexa parecia ter dado conta desse facto e esboçou também ela um sorriso mais acentuado enquanto o questionava do que estava ele a pensar.
Bruce fez a sua mão descer até  ao rosto dela, obrigando-a a encara-lo. Quando os olhos dela encontraram os deles Bruce respondeu-lhe num tom de voz baixo mas que ainda assim era intenso e firme.
   - Estava a pensar em como me fazes feliz só por estares perto de mim, como me fazes amar-te com apenas um sorriso, como despertas ódio contra tudo com nada mais que uma lágrima, como me fazes querer-te apenas por respirares...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Amor impaciente...

X cirandava pela casa de forma impaciente visitando a janela da frente tantas vezes quanto as que olhava para o relógio teimoso que insistia em não passar das seis horas.
Lá fora, o céu começava agora a iluminar-se, a estrada começava agora também a ficar mais movimentada fazendo o seu coração avançar a passo descompassado de cada vez que ouvia o motor de um carro.
Havia duas semana que X estava sentado a jantar quando recebeu um telefonema de uma das suas amigas a informa-lo que Ela ia voltar, X quase nem se apercebera que a voz do outro lado da linha acrescentara que era por tempo indeterminado.
Sentira que o seu coracao parara..O nome Dela fazia-o contorcer-se e agora Ela ia estar ali...
Tivera dificuldade em retomar a conversa mas agradeceu e pediu que fosse informado dos detalhes. Desde esse momento que X tinha dificuldade em comer ou dormir, mas esta noite não tinha dormido de todo.
Um motor a abrandar...X quase que correu para a janela da frente, afastou apenas um pouco a cortina para que não fosse visto.
Ali estava Ela, os seus longos cabelos ondulavam agora á luz da madrugada, como ondas impossíveis de domar. X viu-lhe os lábios cheios que o faziam deseja-la de forma dolorosa, Ela mantinha as maças do rosto proeminentes rosadas tal como ele se lembrava.
Sentiu o rosto dela virar-se na sua direcção e encolheu-se atrás da cortina.
Seria possível que após todo aquele tempo ele ainda a amasse?
E porque teria Ela olhado na sua direcção? Será que ela ainda o amava?
Ele tinha que saber. Tinha de falar com ela...